Crônicas do cotidiano: O poder da marca

Todo escritor tem seu DNA literário em cada conto, poesia…Obra. Essa veia é nata e não há como
fugir entre as linhas; o autor se manifesta em algum momento como ele pensa, seu humor, suas
tragédias, seus devaneios, seus amores, suas frustrações, seus enigmas, enfim, um escritor pode
mudar o tema, mas raramente a maneira de escrever. É um exercício extraordinário se reinventar na
escrita e a utilização de um pseudônimo é uma porta tentadora, sob muitos aspectos.

Quantos de nós ficamos tentados em utilizar um pseudônimo? Mas qual é o propósito final?
Esconder a nossa identidade real utilizando de um pseudônimo para fazer algo que nos liberte das
amarras… Será? Quantas pessoas que você conhece mostram a sua cara na rede, sem utilizar um
disfarce ou alterar algum dado?

 

Um(a) escritor(a) faz um mega sucesso, ganha uma fortuna e é bem sucedido; todas as pessoas
querem saber o que ele(a) pensa, como é no dia a dia, como produz os seus livros, como conseguiu
obter tamanha competência para escrever aquela obra…Se foi um insight., a estrutura dos capítulos,
o modo envolvente e competente de como ele(a) consegue reter a atenção das pessoas e sem que
elas percebam, foram abduzidas momentaneamente por esse(a) escritor(a) fantástico(a).

Nós que adoramos ler um bom livro, quantas vezes ficamos seduzidos na boa leitura e não
conseguimos mais parar de ler?

Um ator, artista, cantor, empresário bem sucedido, todos, que experimentam um mega sucesso,
acabam no final em busca do anonimato; Somos tão desejosos em atingir o estrelato e depois
ficamos ansiosos em buscar o anonimato…Seria uma fuga?

Nesses dias, me deparei com a história de uma autora consagrada que utilizou de um pseudônimo
para escrever nova obra. Quis fazer um experimento literário escrevendo um romance policial,
porém, sem que os seus leitores soubessem que por trás estava a famosa autora de best sellers
(livros mais vendidos), mega sucesso da série ¨Harry Potter¨, e assim, escreveu o romance policial
¨The cuckoo`s calling¨ utilizando um pseudônimo, com o nome Robert Galbraith.

Tudo ia caminhando até que o jornal ¨Sunday Times¨de Londres empreendeu uma investigação, e
conseguiu identificar o tal DNA da mega escritora em algumas linhas e na estrutura do bem escrito
livro e, cruzando outros detalhes, conseguiram que o Staff da famosa escritora abrisse o jogo, sim,
foi ela mesmo quem escreveu o tal livro.

Declarou que esperava conseguir guardar um pouco mais o segredo, porque ser Robert Galbraith foi
uma experiência muito libertadora…

Será verdade ou uma jogada de marketing? No caso do livro cujo autor é Robert Galbraith, antes da
descoberta, estava vendendo bem para um escritor estreante, mas depois da descoberta, a venda do
livro disparou…

Muitos autores de sucesso publicam ou publicaram livros utilizando pseudônimos e conseguem se
manter em segredo por muito tempo, na verdade, adoram criar não só personagens e dar vida a eles,
mas criar o criador também.

Como veem, a força/poder da marca move uma montanha de pessoas. Temos produtos no mercado
que são ótimos, mas que não possuem a força e o poder que uma marca tem sobre nós, então, são
razoavelmente vendidos, mas não tem uma venda de alto giro e, não atingem um público mais
exigente, para pessoas de padrão de consumo elevado, que o diga a Apple, Montblanc, Mercedes
Benz, BMW e um grupo seleto de marcas que juntas formam a maior fatia do mercado entre todas
as marcas que existe no nosso planeta.

Há muitos anos ganhei uma caneta muito semelhante à Montblanc, a pessoa que me presenteou foi
honesta ao me presentear, havia viajado e achou aquela caneta muito barata e sacou logo que não
era a original, comprou algumas e presenteou alguns amigos. Me alertou que não era a original, que
havia comprado numa viagem de turismo; Aceitei, afinal o que vale é a lembrança.

Em alguns momentos utilizei a caneta no bolso da camisa social, ou em uma reunião, colocava em
cima da mesa e fazia um sucesso danado. O ar de respeito que os olhares proporcionavam era de
admirar, todos que pegavam aquela caneta na mão, elogiavam: Essa sim é uma Montblanc…Não
era, tinha o peso, as características, até uma excelente escrita,mas não era…Isso foi numa época em
que não se falava em produtos de marca fabricados na Ásia, faz muitos anos, mas ficou na minha
lembrança.

As pessoas são levadas a idolatrar marcas, independentemente se elas são originais ou não
Sei que as legítimas são plenamente confiáveis e duram o tempo que o dinheiro consegue pagar, e
que no fundo, são mais símbolos de conquista pessoal.

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