Crônicas do cotidiano: A Alma comanda o nosso cérebro?

Quando nasci, fui batizado católico. Após um evento que considero
espiritual, comecei a sentir uma grande vontade de estudar várias
religiões, inclusive da qual fui batizado. Fiquei por muito tempo tentado
em conhecer novas religiões. Frequentei cultos, centros espíritas, igrejas, a
fraternidade Branca…Lí uma centena de livros sobre as religiões,
principalmente a Bíblia, estudei também as religiões orientais e procurei
praticar um pouco mais profundamente as que mais me interessaram, ou
faziam sentido. Mas todas no final, se convergem para uma mesma
entidade.

Por ter passado por uma espécie de EQM (Experiência de quase morte)
após uma cirurgia há cerca de 40 anos atrás, somente pude entender o que
passei, após relatar para minha querida mãe, já falecida. Dona de casa de
classe média/alta e praticante do espiritismo (chamada mesa branca), com
sua mediunidade e espirito de compaixão, procurava ajudar à todos, seja
no centro espirita ou no Rotary Clube, sempre com uma palavra de
conforto e compaixão.

Embora eu tenha relatado para os meus médicos o que passei logo após o
evento, a explicação era de que os medicamentos administrados pré e pós
cirúrgicos (cirurgia de Adenoma de hipófise) eram os responsáveis pela
minha EQM, mas minha mãe, acabou dando a resposta mais sensata e
clara de todas; eu havia tido a oportunidade de escolher entre partir ou
ficar, envolvido naquela sensação maravilhosa, uma sensação de paz e
calma e impossível de ser descrita, somente quem já passou por essa
experiência sabe do que estou falando. A sensação e a voz em minha
mente, falando das possibilidades e solicitando a minha decisão, após a
escolha, sumiram.

Minha mãe me explicou, naquele momento, que embora acordado e
passado algumas horas da cirurgia, no decorrer do evento, estava ligado
pelo cordão de prata (alma/corpo) e caso tivesse optado por partir, seria
rompido; como um filho meu estava por nascer, minha decisão foi fácil de
ser tomada. Após isso, toquei a minha vida por aqui mesmo.

Na escala de Greyson (Bruce Greyson) em sua tabela de 16 pontos, passei
por 11 e porque sei que aquele evento foi espiritual? Porque eventos
espirituais, ficam marcados de forma extraordinária na nossa lembrança,
em detalhes, passados tantos anos, sei todas as palavras que me foram
ditas, minhas escolhas, as visões, enfim, sei que foi um evento real (Que
oportunidade maravilhosa eu tive).

Depois disso, a vida tomou outro sentido, pois sei que nosso relógio
biológico ou do tempo, é muito diferente do relógio daquela dimensão,
para nós, podemos ter passado 20 anos e envelhecemos, para eles, apenas
um tempo curto, pequeno, sem envelhecimento, pelo menos, fui o que
pude averiguar nos estudos que fiz sobre o assunto.

Como a morte traz grande curiosidade, este evento natural e inevitável
acaba sendo um assunto que produz muito medo, para mim, à medida em
que me aproximo da faixa de idade onde percebo uma luz no fim do túnel,
e ainda não sei se é um trem ou a luz divina, peço para que o tempo ande
mais lerdo, devagar, mineirice (de mineiros de Minas Gerais), e procuro
dar elasticidade aos dias, vivenciá-los o máximo possível, tomando todas
as medidas preventivas para cuidar de minha saúde, mas sem exageros, o
único é se embebedar de vida. Sei o enorme valor que ela tem, e deixei o
medo junto com o evento, passei a ver a vida de uma forma totalmente
diferente.

No livro “O que acontece quando morremos” do Dr.Sam Parnia (em falta
em muitas livrarias), o renomado especialista, um dos maiores do mundo
no estudo científico da morte, de forma imparcial, deixando de lado o
ceticismo que veste cientistas e profissionais da área nesse assunto, traz à
luz da ciência um estudo sério, que procura desvendar o maior segredo da
vida, o que se sabe até o presente momento, sobre o que acontece quando
morremos.

Sabemos o quanto dos nossos gestos e ações são frutos de comandos que
vem do cérebro; nele estão guardados experiências e aprendizados e são
acionados quando são necessárias as respostas que nosso corpo necessita
para reagir aos estímulos que nascem naquela área nobre de nosso corpo
humano.

Por conta de minha experiência espiritual, tenho assistido alguns videos do
canal “Afinal, o que somos nós?” no YouTube. Uma série de depoimentos
de pessoas que passaram pela EQM.

Será que nosso cérebro é autônomo suficiente para acionar a nossa mente,
sentimentos, pensamentos, inteligência? Ou existe um outro corpo, etéreo,
que comanda a nos conduz à evolução? Essa é a grande questão.

Assista este vídeo, caso se interesse pelo assunto…

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