Crônicas do cotidiano: Amor à Flor da Pele

Vou fazer uma analogia entre o amor e a pele…Ambos parecem à principio frágeis. A pele
cobre boa parte de nosso corpo, e o amor, quando estamos tomados por ele, parecemos
frágeis como a pele, mas fortes para enfrentar o mundo…

Gastamos muito a pele no dia a dia, lavamos, esfregamos, colocamos ela em contato com os
mais estranhos e diferentes fluidos, alguns até muito perigosos. Nossos dedos tocam de
forma consciente ou não, tanta coisa e no final, lava-se com água limpa ou álcool e lá está
ela, brilhando de novo, nova de novo, mas e o amor?

Pelo amor, fazemos loucuras, viramos adolescentes independentemente da idade. Quando o
amor chega, bate aquela pressão na boca do estômago, ou para outros, batimento cardíaco
rápido que faz suar nossas mãos e quando estamos perto da(o) amada(o), queremos implorar
por beijos e abraços. Voltamos a ser crianças. Como se estivéssemos cinco, seis anos de
idade, frágeis, carentes…

Viramos um pedinte adulto… Me dê um beijinho, o seu colo…Passe tua mão com suavidade
pelos meus cabelos…Use meu corpo, para que eu sinta prazer e também deixa eu te dar
prazer…Vamos nos tocar, o sentimento que embebeda-me, deixa de lado a razão e pede por
você. Preciso de você agora!

Eu só tenho esse prazer especial com você, com mais ninguém…

Uma coisa é o Amor pelo outro(a), outra é o tesão, e o ápice, são os dois juntos, quando os
dois sentem com a mesma intensidade…Não creio que exista nada mais forte do que isso,
em se tratando de sentimento e bem querer entre duas pessoas adultas.

Nossa pele, fecha o invólucro que contém toda a nossa estrutura, óssea, carne e líquidos. Ela
dá a forma que nos molda e nos torna seres humanos aos olhos dos demais, e ela preserva
nossa saúde.

Sem a pele, somente quem a perdeu, pouco ou muito, sabe do seu valor.

Ok, ela pode ser recuperada, assim como o amor, quando tem grande decepção e se esconde
no abismo do próprio pensamento. O amor nos leva a sentir os valores até exagerados que
damos ao outro, e esses sentimentos a nos envolver, a nos embebedar, da paixão e do bem
querer.

E assim como a pele, o amor ferido pode ser recuperado.

Por tudo isso, e muito mais, é que nos tornamos refém do amor, como se fosse uma
necessidade de amar e ser amado, a droga gratuita que nosso corpo fabrica…Sim, porque ele
não fabrica só a adrenalina, ou outros hormônios, de vez em quando, muito raramente, não
se sabe onde (suspeita-se que seja num canto do coração), produz o chamado amor…

Do nada, muitas vezes pensamos novamente no outro, mesmo que não queiramos voltar a
pensar naquela pessoa. O amor perdoa e não tem memória. A consciência tem…Como é
difícil sentir e pensar, quando a memória guarda boas e más lembranças, um quer suplantar
o outro, uma boa briga entre a razão e emoção se inicia e o amor submerge, até que a
consciência se aquieta e baixa a guarda, e ai do nada, o amor emerge…Eita, como se diz no
nordeste, esse tal amor é danado…

Tem gente que é o amor em pessoa, tem gente que nunca amou… Tem gente que rejeita
sentir de novo o amor depois que foi ferido e se arma contra qualquer possibilidade de
voltar a sentir de novo esse sentimento. Tem gente que jurou nunca mais deixar esse
sentimento vir à tona…

Somente os poetas conseguem falar do amor com tanta clareza, que nos faz sentir a beleza
que é esse sentimento lindo, complicado e frágil.

“A vida sem amor é um livro sem letras, uma primavera sem flores, uma pintura sem cores.”
Poema de Augusto Cury

“Não é paciência, é amor, muito amor! A paciência cansa, o amor revigora, faz viver. É
forte! É só amor! A sutil diferença que faz toda a diferença”

Poema de Janice Cardoso

Aproveite e visite a Livraria Amazon e adquira o meu livro lançado recentemente, ele está por
R$.41,00 com frete gratuito.
www.amazon.com.br – Autor Waldir Figueiredo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *