Crônicas do cotidiano: Manhãs de domingo

Era manhã de sol no Rio de Janeiro, apesar do canal do tempo informar a possibilidade de
um dia de sol entre nuvens, o sol era radiante e no céu, azul intenso.

Quando acordei, a primeira coisa que fiz foi olhar para a beirada da janela, o quarto ainda
estava um pouco escuro, mas entre a cortina e o canto da parede, vi que tinha uma fresta
com brilho intenso iluminando aquela parte da parede.

Um dia perfeito, céu com um tom de azul igual ao que se vê nas águas do mar do Caribe e
de Maceió; Geralmente por aqui, os dias são assim, mas nas manhãs de domingo…

Abri um pouco mais a cortina e lá estava ele, radiante, brilhando muito; lá fora o ar estava
calmo, poucas pessoas acordadas; Vi que a avenida quase em frente ao condomínio estava
vazia; Adoro dias de sol, ar calmo e as avenidas vazias.

Olho as janelas ao redor e vejo que a maioria dos vizinhos ainda estão dormindo, ou então,
ainda não abriram as suas cortinas e janelas. As varandas estão quase todas com as janelas
fechadas.

Dia preguiçoso. No ar, a calma, ao contrário dos dias da semana, onde sinto a pressa em
cada gesto, meu e dos outros, as pessoas estão cada vez mais apressadas.

Olho de novo, agora da varanda, e contemplo novamente o azul celeste no céu, o sol
brilhando no horizonte distante, apenas alguns traços de nuvens, como se fossem pequenos
pedaços de algodão doce.

A intensidade da cor do céu, mais a calma relaxam os meus músculos e no canto dos meus
lábios, um breve sorriso de felicidade.

Me vem alguns pensamentos…Por que eu fico irritado em lugares movimentados e
barulhentos? Uma pessoa próxima falando alto, quase gritando…As pessoas perderam a
noção? Atender celular no viva voz me deixa incomodado, será o meu tempo?

Recolho o pensamento que não combina com o momento e olho de novo para fora da janela,
meu olhar aprecia novamente a paisagem…No prédio em frente, não muito próximo, eu
reconheço a figura de um jovem que rega plantas na sua varanda. A escritora alagoana,
Edméa Maria Kummer já havia descrito aquele momento, do jovem e seu jardim de
varanda: http://edmeamelo.blogspot.com.br/2012/06/jardineiro-nas-alturas.html
O tempo que gastamos com nossos hobbies são mesmo prazerosos e nos renovam.

No prédio à direita, percebo uma mulher em outra varanda fumando um cigarro e o olhar
perdido no horizonte. Me recolho um pouco, esse domingo está me fazendo olhar para fora.
Recebo a visita de alguns pássaros que gorjeiam ao redor da varanda, não é sempre que eles
vem me visitar, mas quando aparecem, respondo com assovios e eles retribuem com seus
sons por alguns instantes; Colocamos em dia as novidades e o dia fica mais lindo, perceboos mais nesses dias.

Saio de novo para a varanda, eles se afugentam e voam para longe; entendo suas reações…

Apreciamos o que acontece ao nosso redor, nas manhãs de domingo.

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