Crônicas do cotidiano: Neil Armstrong

Neil Alden Armstrong foi o primeiro homem a pisar na lua como comandante da Apollo 11, em 20 de Julho de 1.969. Ele foi o condutor para realizar a maior ambição do homem naquela época…Pisar na lua O astronauta quando vivo, foi uma pessoa discreta, de pouco alarde e não
gostava de aparições na mídia, adorava sim viver rodeado de sua família e o seu universo pessoal era conviver com seus entes queridos.
Mas qual seria o maior feito do primeiro homem a pisar na lua? A humildade. E qual é o legado a ser aprendido que ele deixou? Despojamento total do feito e levar uma vida simples, pouco consumo, zero de idolatria.

É como se não tivesse feito nada mais do que sua obrigação, um objetivo que não deveria ser visto ou considerado como algo muito extraordinário. Vamos olhar ao nosso redor para ver quantas pessoas realizaram algo, pelo menos um pouco parecido com o feito de Asmstrong. Ok Aldrin foi o segundo homem a pisar na lua; também realizou um grande feito e na espaçonave que estava orbitando lá estava Michael Collins, dois grandes heróis juntamente com Armstrong.

Vamos levar esses exemplos para os demais mortais de nosso planeta e que um dia colocaram o seu nome na História: Einstein, Henry Ford, Santos Dumont (que por sinal era admirado por Armstrong), Yuri Gagarin, os irmãos Wright, Walt Disney, Bill Gates, Thomas Jefferson, John Kennedy, Nelson Mandela, Gorbachev, Martin Luther King Jr, Steve Jobs, Sigmund Freud, Julio César, Mozart, Aristóteles, Nietzsche, Alexandre o Grande, Descartes, São Thomás de Aquino, Elon Musk que possui uma fortuna estimada em 167,3 bilhões USD e recentemente declarou que mora numa pequena casa de 50m2…

Os odiados mas que fazem parte da história…Hitler, Stálin e Mao TséTung, seguindo com os que contribuiram… Louis Pasteur, Leonardo Da
Vinci, Michelangelo e assim vai extendendo uma seleta relação. Conheço pessoas ao meu redor que fizeram muito pouco, mas pouco
mesmo, perto de qualquer um desses nomes aí de cima e se acham…Ostentam…Exigem uma veneração quando passam com os seus
bens móveis ou quando chegam e realizam os seus maiores sonhos.

Não tiro o mérito de cada empreitada, de cada passo certo, de cada risco vencido, de cada passo planejado e realizado, mas fico pensando: o que nos move hoje em dia? Um bem material? Uma casa nova? Um carro novo? Algumas roupas de grife? Uma viagem exótica?
Sou do tempo do lampião e do rádio à válvula, rádio-vitrola com rádio acoplado (FM/AM) e que somente pegava a AM, era um sucesso só, as músicas eram tocadas altas e todo mundo feliz.

O telefone era na parede, de manivela, para chamar a telefonista para completar uma ligação que demorava em média 4/5 horas; para mais longe podia solicitar de manhãzinha e esperar até as 17hs para que fosse completada…E passaram-se 60 anos. Aviões? Lembro dos correios aéreos e, logicamente, das companhias aéreas com seus bimotores, mas fazer uma viagem dessas para qualquer lugar custava no mínimo um ano de trabalho para quem ganhava muito bem.

Então tivemos progresso? Sim, evidente, mas o mal uso do avanço tecnológico e dos processos de modernização é que estão ¨matando¨ as
pessoas, socialmente ou na matéria de cada um. Hoje sofremos muito para trabalhar muito para adquirir muito e vivemos consciente do nosso tempo…¨Muito pouco¨! Conheço poucas pessoas que sabem dosar isso, aproveitar a modernidade e viver plenamente utilizando os recursos com responsabilidade, começando pela própria vida, ser responsável é primeiramente cuidar de você mesmo, depois dos outros.
Dia destes, assisti um filme que diz um pouco sobre isso…¨Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo¨. Em determinado momento da tragédia, numa empresa, um CEO oferece cargos de diretor financeiro para as pessoas que estão sentadas ouvindo, cargos de diretoria diversos…Os ouvintes ficavam atônitos, totalmente preocupados com o fim do planeta que já estava chegando.

Essa é a analogia que o roteirista e o diretor, de forma inteligente, quiseram passar para o público…E aí? O que adianta agora, cargos? Ferrari
(tinha uma abandona num acostamento), aviões, super casas em condomínio, dinheiro em demasia, bens materiais…No final, a descoberta
de um novo amor, um pouco antes de acabar o filme, um diálogo inteligente e sublime, mas tardio…¨Você é a mulher de minha vida¨ e
pronto, houve-se um estrondo do impacto… voltando ao astronauta Neil Asmstrong…Depois de desfilar em carro aberto e ser reconhecido como um dos homens mais importantes do mundo pelo seu feito, esse mesmo herói, que se considerava uma pessoa comum, que
amava demais a sua família que era a verdadeira riqueza a ser explorada, fez em seu último pedido, que fosse proibida qualquer homenagem de caráter midiático, queria como última homenagem num encontro restrito à sua família e amigos.

Avançamos como mercado de consumo, mas como pessoas ficamos para trás, tornamos nossa vida um inferno competitivo, onde abandonamos os melhores modos de convivência pela competição acirrada e desleal, somente para obter coisas que serão as primeiras à serem jogadas fora, antes, já descartamos os amigos que abandonamos e os familiares que esquecemos. Já faz mais de ano que estamos vivendo numa pandemia que, felizmente, após atingirmos um percentual de vacinados, começa a haver queda acentuada nos índices de mortes e contaminados. Será que após sairmos desta, haveremos de valorizar as coisas mais simples da vida e a respeitar a vida como um todo? Temos tudo para viver uma vida de aprendizado e prazer, curtindo coisas simples que podem ser obtidas sem essa competição desenfreada.

Neil quando fincou a bandeira na lua, tomou uma atitude e entrou para a história, seu exemplo de humildade após tanto glamour, talvez tenha sido muito mais grandioso do que ter pisado na lua.

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