GUARULHOS ESTÁ FORA DO PLANO DE ABERTURA.
Ao menos 62 cidades da Grande SP e litoral estão na fase vermelha e não poderão reabrir comércio em 1º de junho, diz secretário
Dos 645 municípios paulistas, 583 estão nas fases laranja e amarela e poderão flexibilizar progressivamente as atividades econômicas, afirmou Marco Vinholi, secretário estadual de Desenvolvimento.
Plano do governo de São Paulo para flexibilização da quarentena — Foto: Governo de São Paulo/Divulgação
Dos 645 municípios paulistas, ao menos 62 deles não poderão reabrir parte do comércio a partir de 1º de junho porque ainda estão na fase vermelha do plano estadual de combate ao coronavírus, segundo informou ao G1 na noite desta quarta-feira (27) a Secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo. As cidades que não poderão flexibilizar as atividades econômicas durante a quarentena estão nas regiões da Grande São Paulo (com exceção da capital), Baixada Santista e Registro, essas duas últimas no litoral (veja abaixo quais são).
De acordo com o secretário de Desenvolvimento, Marco Vinholi, apesar disso, o governo vai permitir, no próximo mês, que as demais 583 cidades que estão nas fases laranja e amarela possam flexibilizar progressivamente os serviços comerciais que antes estavam proibidos de funcionar.
A decisão, explicou o secretário da pasta, caberá a cada prefeitura por meio de decretos municipais a partir do próximo mês, já segunda-feira, 1º de junho.
“Nós estamos posicionamento aquela região. Qual a parte que ela está da epidemia. Então a que está em vermelho nós não autorizamos abrir nada”, disse o secretário Vinholi. “62 [cidades] não poderão [reabrir parcialmente o comércio]”.
Na manhã desta quarta, o governador João Doria (PSDB) anunciou como funcionará o Plano São Paulo para a reabertura gradual das atividades econômicas não essenciais para as cidades em razão da quarentena imposta desde 24 de março e prorrogada até 15 de junho. Até lá continua a obrigatoriedade do uso de máscaras para quem sair às ruas.
Governo anuncia plano de retomada da economia
Desde então foi permitido o funcionamento de serviços essenciais, como os de saúde, alimentação, abastecimento, construção civil e algumas indústrias. Os demais não puderam abrir.
Durante esse período, as 17 regiões administrativas do estado foram classificadas em fases, que são divididas em cinco cores: vermelha, laranja, amarela, verde e azul (veja quadro acima).
- Na fase vermelha não será permitida a abertura do comércio;
- Na fase laranja será permitida a abertura do comércio com restrição;
- Na fase amarela será permitida a abertura do comércio, mas com algumas restrições;
- Na fase verde será permitida a abertura do comércio, ainda com algumas restrições;
- E na fase azul será permitida a abertura total do comércio, sem restrições;
Governador João Doria fala sobre o Plano São Paulo
16 de maio – Pessoas são vistas na Linha 3-Vermelha do metrô de São Paulo (SP), neste sábado (16), com máscaras para se protegerem da Covid-19
Os critérios de classificação das cidades por regiões e fases de cores levaram em conta a relação do número de leitos hospitalares, principalmente os de Unidade de Terapia Intensiva (UTI’s), com o número de pessoas infectadas pela Covid-19.
“Os índices de capacidade hospitalar e de evolução da pandemia, eles são aí aferidos mundialmente para fazer a saída”, disse Vinholi.
Mudança de discurso
A taxa de isolamento social, que vinha sendo adotada pelos governos estadual e municipal como um dos principais critérios para definição de medidas para contenção da doença – com índice mínimo de 55% – deixou de balizar as ações para flexibilização da quarentena com a reabertura gradual do comércio.
O índice de isolamento chegou a pautar as medidas tomadas pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), quando impôs bloqueios em grandes vias e, depois, determinou a ampliação do rodízio na cidade.
O governador João Doria (PSDB) também disse que cidades com índices abaixo de 55% estariam automaticamente fora de flexibilizações da quarentena.
Mas a taxa de isolamento social, que antes havia sido anunciada pela governo como um dos critérios para a retomada da economia, foi descartada para classificar as cidades nessas fases por cores.
Questionado sobre essa mudança, o secretário de Desenvolvimento respondeu que “a taxa de isolamento não é usada em nenhum lugar do mundo como critério para a saída [da quarentena]”. Segundo Vinholi, o objetivo de se manter uma taxa de isolamento acima de 55% foi o de evitar maior risco de contágio pela doença e, consequentemente, a lotação dos leitos hospitalares com pacientes infectados.
A partir desse novo cálculo, balizado pelos números de leitos hospitalares ocupados e de pessoas infectadas, as cidades que estão nas regiões da Grande São Paulo, Baixada Santista e Registro foram classificadas dentro da fase vermelha e, por esse motivo, não poderão realizar a flexibilização do comércio. A área vermelha no mapa impede a retomada gradual da economia.
A exceção foi a capital, que na Grande São Paulo, foi a única a conseguir a classificação da fase laranja, que possibilidade reabrir parcialmente o comércio. Nenhuma outra cidade ou região do estado alcançaram a fases verde, com mais abertura da atividade comercial, e azul, com reabertura total do comércio.
O secretário de Desenvolvimento de SP, Marcos Vinholi, durante coletiva de imprensa em 7 de maio — Foto: Reprodução/YouTube
62 cidades
Veja abaixo quais são os 62 municípios que estão na fase vermelha e terão de aguardar, pelo menos mais 15 dias, até que o governo faça uma nova classificação deles para saber se conseguiram ir para a fase laranja:
Grande São Paulo
- Arujá
- Barueri
- Biritiba-Mirim
- Caieiras
- Cajamar
- Carapicuíba
- Cotia
- Diadema
- Embu
- Embu-Guaçu
- Ferraz de Vasconcelos
- Francisco Morato
- Franco da Rocha
- Guararema
- Guarulhos
- Itapecerica da Serra
- Itapevi
- Itaquaquecetuba
- Jandira
- Juquitiba
- Mairiporã
- Mauá
- Mogi das Cruzes
- Osasco
- Pirapora do Bom Jesus
- Poá
- Ribeirão Pires
- Rio Grande da Serra
- Salesópolis
- Santa Isabel
- Santana de Parnaíba
- Santo André
- São Bernardo do campo
- São Caetano do Sul
- São Lourenço da Serra
- Suzano
- Taboão da Serra
- Vargem Grande Paulista
Voluntários distribuem máscaras e orientam as pessoas que tiverem circulando sem proteção em Guarujá — Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarujá
Baixada Santista
- Bertioga
- Cubatão
- Guarujá
- Itanhaém
- Mongaguá
- Peruíbe
- Praia Grande
- Santos
- São Vicente
Registro
- Barra do Turvo
- Cajati
- Cananéia
- Eldorado
- Iguape
- Ilha Comprida
- Iporanga
- Itariri
- Jacupiranga
- Juquiá
- Miracatu
- Pariquera-Açu
- Pedro de Toledo
- Registro
- Sete Barras
Plano do governo de São Paulo para flexibilização da quarentena no estado — Foto: Governo de SP/Divulgação
Fase laranja
Na fase laranja as cidades podem reabrir:
- Atividades imobiliárias (com restrição)
- Escritórios (com restrição)
- Concessionárias (com restrição)
- Comércio (com restrição)
- Shopping Center (com restrição)
“A que está em laranja, ele tem autonomia para abrir, mas nós estamos dizendo para ele que ainda é uma situação com um certo risco, situação de controle. Um risco que ele deve avaliar de abrir ou não, de acordo com seus municípios. E daí, dentro disso, a gente coloca lá quais são os comércios que podem abrir”, declarou Vinholi.
Fase amarela
Na fase amarela os municípios podem reabrir:
- Atividades imobiliárias
- Escritórios
- Concessionárias
- Bares, restaurantes e similares (com restrição)
- Comércio (com restrição)
- Shopping Center (com restrição)
- Salão de beleza (com restrição)
“E na zona amarela, zona de flexibilização, ou seja, aí podem abrir mais um pouco que comércio”, explicou Vinholi.
G1