MINISTRO DA SAÚDE RECONHECE AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO CORONAVÍRUS

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (28), o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que o aumento de casos do novo coronavírus constitui uma tendência. Anteriormente, ele havia ponderado que seria preciso ver se os números expressam a atualização de casos anteriores ou se representavam um aumento de fato. 

“A curva vem crescendo e há agravamento da situação. Isso continua restrito aos lugares que estão vivendo maiores dificuldades, como Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Entendendo que o Brasil tem que ser tratado de forma diferente, mas nesses lugares com um quadro de piora vamos continuar acompanhando para ver como vai ser a evolução”, declarou Nelson Teich.

As cidades mais afetadas pela pandemia estão vivendo já o colapso de seus sistemas de saúde. Em Manaus, Fortaleza e Rio de Janeiro há filas de espera por leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI). O cenário é preocupante em outros locais, como a região metropolitana do Recife e Belém. 

“A partir de amanhã (29) vamos distribuir 185 respiradores para estados e municípios mais afetados. Vamos encaminhar novos kits de EPI para estados mais complicados e estamos contratando recursos humanos para reforçar equipes de saúde. Além disso, testes laboratoriais, testes rápidos, tudo isso está acontecendo simultaneamente”, acrescentou o secretário executivo, Eduardo Pazuello. 

Pazuello não detalhou acerca de números para além dos respiradores. Segundo o Painel de Leitos e Insumos do órgão, até o momento, foram repassados 20 respiradores. Embora não haja registro no painel de leitos locados, o governo anunciou que teria disponibilizado 540 leitos nesta terça-feira (28). Foi divulgado um edital para a contratação de mais dois leitos. A abertura das propostas do pregão será na quinta-feira (30). As selecionadas terão de sete a dez dias para montar os leitos, divididos em 200 kits de 10 cada um.

De acordo com a plataforma do Ministério da Saúde, até hoje haviam sido repassados 3,4 milhões de testes rápidos, 35,2 milhões de toucas, 25,9 milhões de máscaras cirúrgicas, 2,2 milhões de máscaras N95 e 1,5 milhões de aventais.

“É uma situação difícil. A gente sabe como está difícil obter recursos como respiradores. Este é talvez o grande problema. É um problema mundial. A gente concorre com o mundo inteiro. Estamos buscando entender como está funcionando o Brasil. Essa centralização é fundamental para que a distribuição seja baseada na necessidade mais imediata de cada cidade”, comentou Nelson Teich.

Fonte: Agência Brasil

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