PREFEITO BRUNO COVAS DIZ QUE O PIOR AINDA ESTÁ POR VIR

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, afirmou nesta quinta-feira (23) que a cidade se encaminha para o pior momento da epidemia do novo coronavírus e que a Prefeitura se programa para abrir 13 mil novas valas em cemitérios para o sepultamento de vítimas da Covid-19 nas próximas semanas.

Foi apresentada nesta tarde uma campanha publicitária que o município fará em TV e Rádio a partir de hoje. Ela usa imagens de corpos e do colapso no sistema de saúde na cidade de Guayaquil, no Equador, para tentar sensibilizar a população a respeitar o isolamento social.

“O pior ainda está por vir. Vamos fazer tudo o que for possível para que a gente não tenha em São Paulo o que se verifica pelo mundo, de Equador a Nova York. A questão do enterro dos mortos tem sido um desafio”, disse Covas. 

Nesta quarta-feira (22), a taxa de isolamento na cidade ficou em 48%. O governador João Doria anunciou o índice dizendo que ele é grave e preocupante. O mínimo exigido pelas autoridades de saúde é um isolamento de 50% da população para tentar achatar a curva de contágio e reduzir a pressão sobre o sistema de saúde.

O prefeito enumerou algumas medidas para ampliação da rede hospitalar, mas admitiu que há preocupação com o sepultamento das vítimas. Esse foi o foco do seu pronunciamento nesta tarde, ao divulgar medidas para a preparação do serviço funerário tentar absorver o aumento de demanda esperado para as próximas semanas. Os números indicam a dimensão do problema. 

Segundo Covas, os cemitérios estão ampliando a capacidade de enterros de 240 para 400 corpos por dia. Para isso, mais de 200 coveiros foram contratados para reforçar as equipes. A frota de carros funerários foi ampliada de 36 para 68. Treze mil valas serão abertas com a ajuda de retroescavadeiras em cemitérios municipais e oito câmeras refrigeradas foram adquiridas para armazenar até mil corpos.

O prefeito também se pronunciou nesta quinta-feira em “minimizar a dor das famílias e dar um sepultamento digno às vitimas da Covid-19”. Ele usou a tragédia registrada em Guayaquil para pedir que as pessoas fiquem em casa. Na cidade equatoriana, vítimas da Covid-19 morreram em casa pela incapacidade da rede hospitalar de atender os acometidos pela doença. Imagens que circularam nas redes sociais mostraram corpos depositados em calçadas ou sendo carregados por familiares por causa do esgotamento do serviço funerário.

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