PRESIDENTE ANUNCIA O NOVO MINISTRO DA SAÚDE

O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento no final da tarde desta quinta-feira (16) no Palácio do Planalto onde anunciou o oncologista Nelson Luiz Sperle Teich como o novo Ministro da Saúde, que vai substituir Luiz Henrique Mandetta. 

Nelson Teich assume o cargo em meio à pandemia do novo coronavírus. O novo ministro chegou a Brasília na manhã desta quinta-feira (16), e se reuniu com o presidente Bolsonaro no Palácio do Planalto, onde o presidente se reuniu com Mandetta posteriormente.

“Não condeno, não recrimino e não critico o ainda Ministro Mandetta. Ele fez aquilo que, como médico, achava que devia fazer ao longo desse tempo. A separação, cada vez mais, se tornava uma realidade. Mas não podemos tomar decisões de forma que o trabalho feito até o momento fosse perdido. O que eu conversei ao longo desse tempo com o oncologista doutor Nelson, aqui ao meu lado, foi fazer com que ele entendesse a situação como um todo”, afirmou o presidente.

“O que conversei com doutor Nelson? Que gradativamente nós temos que abrir o emprego no Brasil. Essa grande massa de humildes não tem como ficar dentro de casa”, acrescentou.

Em um outro trecho o presidente concluiu: “Neste momento, além de agradecer o senhor Henrique Mandetta por sua cordialidade e como conduziu o ministro, agradeço ao doutor Nelson por ter aceito esse convite. Ele sabe do enorme desafio que terá pela frente”. 

Perfil do novo Ministro

Nelson Teich foi responsável nos anos 1990 pela fundação do Centro de Oncologia Integrado (Grupo COI), onde atuou até 2018. Atualmente, segundo o perfil dele em uma rede social, trabalha como consultor em gestão de saúde. De setembro do ano passado até janeiro deste ano, também de acordo com o perfil, Teich prestou orientações à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) do Ministério da Saúde, comandada por Denizar Vianna.

O novo ministro é formado em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Teich foi residente de Oncologia no Instituto Nacional do Câncer. Na sequência, focou sua formação na área de gestão de saúde, ao cursar um MBA na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um mestrado na Universidade de York (Reino Unido) voltados para o tema.

Em 2010 e 2011, ele prestou consultoria para o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, também focada em gestão de saúde. Teich foi um dos sócios-fundadores do MDI Instituto de Educação e Pesquisa, onde foi sócio do atual secretário da Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) do Ministério da Saúde, Denizar Vianna.

Nas últimas semanas, o oncologista tem utilizado rede social para compartilhar artigos que escreveu sobre o coronavírus.

Em 24 de março, no artigo intitulado “COVID-19: Histeria ou Sabedoria?”, o médico destaca as dificuldades enfrentadas pelo gestor de saúde em meio à pandemia e cita pontos que devem ser considerados nas tomadas de decisão. 

“Não me coloco aqui como alguém que defende um lado ou outro, na verdade é o oposto, não pode existir lado. O fundamental é analisar criticamente e de forma contínua a situação e as projeções, integrando continuadamente a nova informação na análise. A informação que chega a cada dia precisa ser complexa, detalhada e em tempo real. É necessário rever diariamente a realidade, os cenários, as projeções e as ações. Como comentado, projeções e posições radicais e emocionais só levam a mais confusão e problema”, diz. 

Em um segundo artigo, “COVID-19: Como conduzir o Sistema de Saúde e o Brasil”, publicado em 02 de abril, o gestor de saúde afirma que a crise provocada pelo coronavírus demanda uma gestão centralizada e estruturada, que inclua o sistema público (nas esferas federal, estadual, e municipal), a saúde suplementar e a iniciativa privada. Ele destaca também a importância do alinhamento entre os três Poderes.

Isolamento

No texto, Nelson Teich defende a importância de medidas como o isolamento social, a testagem em massa e o uso de projeções matemáticas no enfrentamento da pandemia.

“Além do impacto no cuidado dos pacientes, o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país”.

Fonte: Agência Brasil

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