MORREU LAUDO NATEL.

Morreu hoje (18.05) aos 99 anos Laudo Natel que foi governador de São Paulo por duas vezes em 1966 e 1967 e a segunda em 1971 a 1975.

Laudo faria no próximo mês de setembro 100 anos e faleceu de causas naturais conforme informações de sua família em divulgado à imprensa.

Foi também presidente do São Paulo FC, seu clube do coração onde seu maior legado foi a construção do Estádio do Morumbi.

Filho de Bento Alves Natel e Albertina Barone, Laudo estudou nas cidades de Mirassol e Araraquara.

Depois de formado, iniciou carreira no setor bancário, exercendo os mais diversos cargos.

Foi funcionário do Banco Noroeste, da cidade de Lins, onde era colega de Amador Aguiar, que era o gerente da agência,  e que mais tarde o levaria para o Banco Brasileiro de Descontos, atual Bradesco.

Em Lins Amador Aguiar era o gerente da Agencia do Banco Noroeste na Avenida 21 de abril e foi convidado pelo dono da Casa Bancária Almeida & Cia., com sede em Marília, instituição financeira fundada pelo Coronel Galdino de Almeida.

Amador Aguiar pediu demissão então para ingressar na Casa Bancária e convidou varios funcionários do Noroeste de Lins, como Laudo Natel e Waldemar Figueiredo, onde iniciaram um trabalho incessante tornando esta casa bancária em Banco Brasileiro de Descontos S.A. hoje Bradesco.

Existem poucas fotos dos funcionários da agencia do Noroeste, porém Waldemar Figueiredo era dos poucos que possuia uma maquina fotográfica e fotografou este momento histórico dos funcionários da agencia do Noroeste que iniciaram o Bradesco.

Abaixo algumas delas.

Laudo Natel é o segundo da direita para esquerda.

Waldemar Figueiredo é o 4o. da esquerda para direita, Laudo Natel é o sexto e Amador Aguiar está a frente.

Natel acompanhou o amigo, sendo por muito tempo o seu braço-direito, chegando a diretor do banco e atualmente além de diretor emérito do Banco era diretor da Bradesco Seguros. 

Também foi diretor da Associação Comercial de São Paulo, diretor do Sindicato dos Bancos de São Paulo e presidente da comissão bancária do Conselho Monetário Nacional.

Eleito tesoureiro do São Paulo Futebol Clube em 1952,[2] cresceu politicamente no clube, alcançando os cargos de diretor financeiro e, mais tarde, presidente.

É patrono do clube, graças a sua atuação na prospecção de recursos para viabilizar a construção do Estádio do Morumbi.

Em 1962, elegeu-se vice-governador, concorrendo em faixa própria — no sistema eleitoral de então, o voto no “vice” era desvinculado.

Elegeu-se, portanto, em chapa diferente da composta pelo governador eleito, Ademar de Barros.

Em 1965, Laudo concorreu à prefeitura do município de São Paulo, mas perdeu as eleições para o Brigadeiro Faria Lima.

Laudo Natel foi por duas vezes governador de São Paulo.

 A primeira, entre 6 de junho de 1966 e 31 de janeiro de 1967, deu-se quando, como vice-governador, substituiu o então governador Ademar de Barros, cassado pelo governo militar brasileiro.

Para assumir, licenciou-se do cargo de presidente do São Paulo, para o qual tinha sido eleito dois meses antes.

Nesse primeiro mandato no governo, continuando um projeto de Ademar, Natel unificou as onze usinas hidrelétricas de São Paulo, que deram origem à Companhia Energética de São Paulo (CESP) e modernizou o sistema fazendário estadual, por meio de seu secretário Antônio Delfim Netto.

A segunda, entre 15 de março de 1971 e 15 de março de 1975, deu-se quando foi eleito, de maneira indireta, pelo colégio eleitoral.

Nesse período de governo, deu ênfase ao desenvolvimento do interior, com o Plano Rodoviário de Interiorização do Desenvolvimento (PROINDE), unificou toda a malha ferroviária paulista em torno da FEPASA (Ferrovia Paulista S/A), prosseguiu a construção da pista ascendente da Rodovia dos Imigrantes, criou a Sabesp e a Cetesb, inaugurou as primeiras estações do Metrô e elaborou plano para desenvolvimento do Vale do Ribeira.

Durante o mandato, demitiu por carta o prefeito de São Paulo, José Carlos de Figueiredo Ferraz, devido a inúmeras discordâncias administrativas. Para justificar tal ato, alegou “falta de sintonia” de Figueiredo Ferraz com o Estado e a União.

A versão mais aceita é a de que Figueiredo Ferraz foi demitido por ter dito que São Paulo tinha que parar de crescer.

Laudo Natel sempre teve o sonho de transformar o interior do Estado em um poderoso polo de investimentos e sempre pensou no vale do Paraíba como o corredor que ligava a época São Paulo ao Rio de Janeiro como a maior via de desenvolvimento do País.

Para isto deixou um legado de grandes projetos não só para o Vale do Paraíba como para todo o interior do Estado, e se tornou conhecido por suas origens como o governador caipira.

Em Guarulhos, Laudo Natel tinha 3 amigos que ele fazia questão de encontrá-los pelas suas andanças pelo Vale do Paraíba eram Waldomiro Pompeo, seu companheiro do São Paulo, Nahim Rachid também são paulino fanático pelo clube e seu amigo de adolescência de Lins e companheiro do Banco Noroeste e do Bradesco Waldemar Figueiredo.

Natel costumeiramente passava pelo Banco Auxiliar de Guarulhos e pegava seus amigos Waldemar e Nahim para irem a Serraria Guarulhos de propriedade de Waldomiro Pompeo para ouvirem as histórias que Pompeo contava para eles por suas andanças políticas.

Waldemar Figueiredo e o governador Laudo Natel

Foram amigos e Natel fez questão de prestar sua última homenagem a Pompeo, depois Nahim e Waldemar comparecendo ao enterro dos amigos, desprovido do cargo de ex-governador ou diretor do Bradesco, vindo homenagear comovido o enterro daqueles que faziam o círculo de amigos guarulhenses deste grande brasileiro.

Suas realizações como governador demonstram que Natel deixou sua marca como o governador que criou as grandes empresas do Estado e realizou obras igualmente importantes.

Dados do Wilkipédia.

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